16 de abril de 2014

0 A culpa é sua – Por que repetimos os mesmos erros em um relacionamento

Ja falei que adoro e sigo o blog do Casal Sem Vergonha né? 
Eles postam umas coisas muito legais e essa semana tem um texto que se encaixa muito bem à minha realidade. Tá certo que fiquei meio "pra baixo" depois de fazer a leitura (como assim a culpa é minha???), mas depois de pensar um pouco (e fazer uma análise da minha linha do tempo) percebi que fica bem mais fácil se a gente parar de culpar as estrelas pelos nossos erros.
Claro que vou precisar de mais uns anos de terapia... mas começo a compreender melhor os erros e acertos dessa minha vida (quase) amorosa.

Vale a pena a leitura ( e reflexão hem!!):

"Quem nunca se viu em uma reprise mal escrita da novela mexicana amorosa que protagonizou no último verão?! Tudo parece se repetir tal e qual a última lembrança com exceção dos atores principais. Você é a mesma pessoa, já o outro é uma cópia mascarada daquele (a) que teria sido o culpado pelos caquinhos do seu coração partido, os quilos de chocolate ingeridos na noite de domingo e a chuva de lágrimas no colo do seu melhor amigo. Daí a gente culpa o karma, Murphy, o universo, o “dedo podre”, o bendito dia que resolveu ir à balada ou aquele seu amigo que te colocou em mais uma cilada, quando na verdade deveria se olhar no espelho e apontar um dedo bem grande para o próprio nariz. A responsabilidade pelo cinema vazio em pleno dia de estreia deste romance é exclusivamente sua.
O déjà-vú amoroso é mais comum do que se imagina. Quando se percebe, estamos nos relacionando com os mesmos tipos de pessoas, com comportamentos semelhantes e carências internas similares. Em grande parte das vezes pessoas indisponíveis para relacionamentos, logo, com um potencial enorme de transformar um sentimento bonito em desgosto. Não demora muito, a sensação de já ter passado por aquela estrada, de ter desviado daquele obstáculo ou já ter chorado aquela dor aparece nítida no bolo repentino de sábado à noite. Daí a gente reclama, esbraveja, generaliza todas as intenções do universo e se pergunta mais uma vez porque sempre se relaciona com as pessoas “erradas”, quando na verdade a justificativa para isso tudo vem lá de dentro da gente. Perspectiva e realidade são duas vertentes difíceis de serem separadas e compreendidas. Assim como renúncia e desapego. O fator comum entre todas: a carência. Se nossas mágoas e frustrações passadas não estiverem bem resolvidas dentro do nosso presente, a tendência é que os mesmos caminhos sejam percorridos em uma tentativa inútil de equilibrar a vivência e claro, preencher nossas expectativas.
Essa busca desenfreada por alvos impossíveis e a contínua insistência em relacionamentos frustrados é o reflexo claro das nossas fragilidades. Um conjunto de ressentimentos, dores, mágoas e um monte de sentimento mal resolvido que acaba se materializando em uma procura desgastante de algo que na verdade ficou perdido no passado. O ego ferido é o principal vilão dessa história toda, porque é fruto de uma perda que não foi bem processada pelo coração da gente e que motiva de certa forma esta autoflagelação. A mente precisa repor uma estima que foi negligenciada e canaliza esse descaso que não foi bem assimilado em cima de pessoas que não estão disponíveis emocionalmente. Às vezes até estão, mas não são capazes de suprir a demanda emocional pesada que o coração está exigindo. Quase como uma compensação, como se a gente precisasse provar pra gente mesmo que é capaz de conseguir aquilo que “acha” que deseja. Então, começa a investir no cara que tem namorada, na menina que está de mudança para o outro lado do globo e em fulano que ainda gosta da ex. O resultado disso é dor e sofrimento sendo continuamente alimentados por uma urgência pessoal e intransferível: nossas carências.
Não adianta bradar ao mundo que deseja um relacionamento feliz e saudável se continuar mergulhando de cabeça nos mesmos papos furados de sempre. Concordo que amor não se escolhe. Mas uma coisa que a maturidade ensina é que cair no mesmo buraco duas vezes é burrice. Bem como diz o ditado do gato escaldado. A gente sente quando uma história é duvidosa e não é recíproca. O apito do coração aciona na hora o alarme de “mantenha distância”. Acontece que a gente ignora os sinais do outro, do universo e do nosso próprio subconsciente que deveriam nos privar de mais uma decepção amorosa e simplesmente negligencia aquilo que existe de mais importante: nosso amor próprio. A consequência drástica disso é um círculo vicioso de relações negativas que de nada acrescentam à nossa vivência ou, melhor dizendo, que apenas minimizam as chances de um encontro integralmente real.
É preciso aprender a viver todas as dores no momento exato em que elas acontecem. Deixar doer o que tiver que doer, refletir de cabeça fria em cima daquele sentimento para só então seguir adiante de cabeça erguida e coração tranquilo. Sem remorsos, sem frustrações, sem rancor ou meias verdades. Dedo podre e relacionamento unilateral só existem pra quem não está em paz consigo, suas convicções e suas vulnerabilidades. Transformar fragilidades em experiências ao invés de reprises. Parcerias de bases sólidas só se firmam quando existem dois inteiros. Afinal, quem gosta de migalha é formiga e ainda arrisco dizer que pelo menos as da minha casa andam bastante exigentes."

você confere tudinho em Casal Sem Vergonha 

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